Dívida pública atinge menor nível pós-pandemia – Jornal Contábil
O Resultado Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país em um ano) variou 0,4% no terceiro trimestre de 2022, na conferência com o segundo, segundo dados do IBGE (Instituto Brasílico de Geografia e Estatística).
Semana passada, o Banco Meão divulgou os dados oficiais sobre o PIB e a dívida bruta do país. Os resultados foram positivos. Na conferência com o mesmo período de 2021, o PIB cresceu 3,6%. No amontoado nos quatro trimestres, terminados em setembro de 2022, o PIB cresceu 3%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
A dívida bruta do Brasil caiu novamente no mês de outubro e fechou em 76,8% do Resultado Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos, correspondendo a R$ 7,3 trilhões.
Trata-se do menor patamar desde fevereiro de 2020, antes do início da pandemia da Covid-19, quando a dívida era de 75,3% do PIB. No mês de setembro, o indicador somava 77,1% do PIB.
A estimativa do governo federalista é que a dívida pública do país feche o ano menor do que os níveis pré-pandemia. Já a dívida líquida do setor público (balanço entre o totalidade de créditos e débitos dos governos federalista, estaduais e municipais) ficou seguro em 58,3% do PIB no mês pretérito, mesmo percentual delicado em setembro.
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Setores que mais avançaram
O setor de serviços foi o que mais avançou, com 1,1%, enquanto a indústria cresceu 0,8%. Já a agropecuária recuou 0,9%.
Dentre as atividades industriais, houve subida de 1,1% na construção e 0,6% em eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos. As indústrias de transformação tiveram variação positiva de 0,1% e, nas Indústrias extrativas, ocorreu variação negativa de 0,1%.
Nos serviços, tiveram prolongamento: informação e notícia (3,6%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1,4%), outras atividades de serviços (1,4%), governo, resguardo, saúde e ensino públicas e seguridade social (1,1%), transporte, armazenagem e correio (1,0%). Já o negócio (-0,1%) teve variação negativa.
Consumo das famílias cresceu
A despesa de consumo das famílias registrou prolongamento de 4,6%, influenciada pela melhora nas condições do mercado de trabalho, pelos auxílios governamentais às famílias, pela desoneração fiscal e pela expansão do crédito a pessoas físicas.
Já a despesa de consumo do governo cresceu 1,0% no período. A formação bruta de capital fixo cresceu 5,0% no terceiro trimestre de 2022. A justificativa é o pelo prolongamento na construção, no desenvolvimento de softwares e na produção e importação de bens de capital.
No setor extrínseco, tanto as exportações de bens e serviços (3,6%) quanto as importações de bens e serviços (5,8%) tiveram expansão em relação ao segundo trimestre de 2022.
A taxa de investimento foi de 19,6% do PIB, supra da observada no mesmo período de 2021 (19,4%). Já a taxa de poupança foi de 16,2%, menor do que a do terceiro trimestre do ano pretérito (17,2%).
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Superávit primordial
De harmonia com informações da Sucursal Brasil, as contas públicas fecharam outubro com saldo positivo de R$ 27,1 bilhões. O valor é subordinado ao saldo positivo de R$ 35,4 bilhões obtido em outubro de 2021. O governo medial e as empresas estatais apresentaram superávits de R$ 30,2 bilhões e de R$ 711 milhões, respectivamente, enquanto os governos regionais tiveram déficit de R$ 3,9 bilhões.
Em 2021, as contas públicas fecharam o ano com superávit primordial de R$ 64,7 bilhões, 0,75% do PIB. Foi o primeiro ano de resultados positivos nas contas do setor público, em seguida sete anos de déficit.