Empresas não estão preparadas para mourejar com funcionários com cancro

Nos últimos anos, o cancro tem sido a segunda principal doença causadora de mortes no planeta, perdendo unicamente para problemas cardiovasculares. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 9,6 milhões de pessoas já morreram por conta desta doença. No Brasil, surgiram mais de 600 milénio novos casos, segundo o INCA – Instituto Pátrio de Cancro.

Muitas empresas não estão preparadas para ajudar de forma efetiva os seus colaboradores. Segundo dados obtidos através de um estudo “Porquê as empresas lidam com o cancro”, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em parceria com o movimento sem fins lucrativos Go All, indica que, do ponto de vista dos gestores as preocupações mais comuns são a dificuldade de oferecer suporte ao funcionário enfermo (68%) e a reintegração do colaborador ao envolvente de trabalho pós tratamento (35%).

Embora 58% das empresas tenham campanhas de prevenção ao cancro e divulguem informações sobre a doença, as práticas tendem a ser genéricas e desarticuladas, tanto que só 9% têm ações estruturadas de prevenção, seguimento e tratamento. Entre os 20% que de roupa possuem programas na superfície de saúde, a oferta se concentra em serviços não diretamente relacionados ao cancro, uma vez que check-ups (73%) e instrução para a saúde (72%).

Segundo Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, uma das pioneiras na implantação de palestras preventivas e encaminhamentos direcionados no país, o número de empresas com ações efetivas ainda precisa melhorar muito no Brasil. “Hoje, há poucas ações voltadas para colaboradores que sofrem com a doença. Se nós formos estudar, grande segmento das empresas só fazem campanhas em meses de conscientização, uma vez que Outubro Rosa e Novembro Azul”.

O esteio da empregadora para quem está em tratamento é alguma coisa fundamental. Outro motivo para que os pacientes necessitem do ocupação é o supino dispêndio financeiro da  doença, que muitas vezes não é validado por convênios ou seguro saúde.

Segundo estudo apresentada pelo “The Journal of Urology”, homens de baixa renda não costumam fazer exames de cancro de próstata.  Dos 570 homens que haviam recebido tratamento para cancro de próstata através de um programa para pessoas pobres e sem seguro de saúde da Califórnia. O estudo descobriu que o cancro metastático e outros de supino risco eram mais comuns entre esses indivíduos de baixa renda do que na população em universal.

Na pesquisa da ABRH, quase 60% dos respondentes acreditam que a flexibilização nas condições de trabalho é a iniciativa mais importante para quem enfrenta a doença.

Araújo complementa que um dos grandes empecilhos para a realização das ações preventivas, é o custo-benefício da operação. “Um pensamento muito generalidade é ponderar o dispêndio do colaborador versus o dispêndio dos procedimentos. Nessa lógica, as empresas focam em funcionários com cargos mais altos e acabam esquecendo de outros colaboradores que também formam o quadro de funcionários”, complementa o profissional”.

A prevenção do cancro de próstata ainda é o melhor remédio, quando diagnosticado na temporada inicial as chances de trato são de 90%. Mas o preconceito ainda é o maior agravante no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), 70% dos brasileiros não realizam exames de rotina com urologistas. O questionário on-line contou com a adesão de 265 homens com mais de 18 anos, sendo 56,6% tinham, no mínimo, 45 anos. Em relação ao nível de instrução, 64,5% têm ensino superior.

“A falta de humanização é perceptível em locais que utilizam mão-de-obra operacional, uma vez que indústrias, fábricas e construção social. Hoje, a maior segmento das ações preventivas, uma vez que palestras de conscientização, se concentram em escritórios, empresas de TI e bancos – segmentos considerados de risco 1, 2 ou 3. Nas indústrias, já é um pouco mais difícil ver essa preocupação. É um mercado que não pode parar, portanto, só acabam olhando para o função de diretoria e de executivos quando pensam em ações voltadas para a saúde.

 

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