Evolução e transformações na extensão de Recursos Humanos – Jornal Contábil

Em seu princípio, a extensão de Recursos Humanos era considerada responsável somente pelos processos técnicos e burocráticos de uma empresa e, as pessoas eram vistas exclusivamente porquê mão de obra.

Mas com o percurso das décadas, essa visão foi evoluindo e sofreu inúmeras transformações, tornando os processos mais humanizados e menos burocráticos e contando com uma visão mais estratégica e organizacional.

O objetivo era produzir um relacionamento saudável entre a empresa e seus colaboradores, buscando formas de motivá-los e engajá-los, para que eles produzissem mais e melhor.

Diante disso, você sabe porquê surgiu o setor de Recursos Humanos e porquê sua evolução se deu ao longo do tempo?

Continue a leitura e confira!

A Origem do RH

A extensão de Recursos Humanos surgiu no início do século XX e inicialmente, o setor se chamava “Relações Industriais”, devido ao poderoso impacto da Revolução Industrial naquela idade.

Nesse primeiro momento, a extensão era responsável pelas atividades administrativas, burocráticas e de supervisão de desempenho dos trabalhadores e, não havia preocupação com a saúde e o bem-estar dos colaboradores. 

Outrossim, suas maiores preocupações eram os custos, a eficiência e os resultados, ou seja, os trabalhadores eram vistos exclusivamente porquê mão de obra, em troca de uma recompensa salarial. 

Basicamente, o trabalho consistia em obedecer a ordens e imposições relacionadas às máquinas, porém, a pressão pela padronização dos processos gerava exaustão, que influenciava diretamente na produtividade.

Nesse contexto, foi preciso adequar o empregado à máquina e modificar os processos para evitar danos à saúde mental e física dos empregados e, aos poucos, o setor foi crescendo e passou a reunir diferentes desafios e responsabilidades. 

A Evolução do RH

Em 1930, influenciado pela teoria das relações humanas e pelo contato mais acentuado com a governo e a psicologia, o departamento passou a enxergar as pessoas não mais porquê “recursos produtivos”, mas sim porquê “recursos fundamentais” para o sucesso de uma organização, o que ajudou a humanizar as relações de trabalho.

Depois a Segunda Guerra Mundial a teoria das relações humanas foi substituída pela comportamental, o que defendia que o comportamento do colaborador se modifica conforme a sensação de pertencimento à empresa, e logo surgiu uma novidade visão de colaborador.

Assim, o foco deixou de ser as máquinas e passou a ser os recursos humanos, preocupando-se em oferecer benefícios aos colaboradores e também buscar formas de motivá-los e engajá-los, para que eles produzissem mais e melhor.

Na dezena de 90, as novas tecnologias já impactavam a forma de gerir o capital humano e a partir disso, a Gestão de Recursos Humanos começou a lucrar outras nomenclaturas porquê: “Gestão do Capital Humano”, “Gestão de Talentos”, “Gestão de Pessoas”, e “Gestão Estratégica de Pessoas”, responsável por uma função de natureza mais estratégica e de planejar e projetar melhores modelos de gerenciamento de pessoas. 

A partir disso, surgiu o protótipo de Gestão por Competências, o protótipo de gestão mais atual do mercado e que tem por objetivo mensurar e desenvolver competências fundamentais nos colaboradores. 

O RH no Brasil

Dia 03 de junho é comemorado o Dia do Profissional de Recursos Humanos.

A data foi comemorada pela primeira vez em 3 de junho de 1976, dia em que foi fundada a Federação Mundial de Associações de Gestão de Pessoas, a WFPMA (World Federation of People Management Associations).

No Brasil, essa data ganhou destaque em seguida o reconhecimento desses profissionais por Genézio Lucone, fundador da Associação Paulista de Governo Pessoal, que hoje é a Governo Brasileira de Recursos Humanos — a ABRH.

Vale ressaltar que nesse momento, o profissional de recursos humanos já vinha sendo considerado um profissional estratégico e indispensável para as organizações.

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