Planejamento Sucessório: longevidade para as empresas
Olhando para as características de cada núcleo familiar, o Planejamento da Sucessão é moldado levando em consideração as peculiaridades de cada núcleo empresarial
Por Luciana Júdice
Individual e personalizado. É logo que deve ser pensado um Planejamento Sucessório. Construído em vida, ele é uma organização para a perenidade dos patrimônios empresariais. Quando olhamos para empresas familiares, essa premência se torna ainda mais latente. Nesses casos em específico, se a sucessão não for muito planejada, a empresa pode não sobreviver ao seu fundador.
Uma pesquisa desenvolvida pela PwC, a NextGen 2022, que ouviu 1.306 negócios no mundo, destacou que a preocupação de prometer a prosperidade e o patrimônio da família é maior no Brasil do que em outros países: globalmente, 47% dos sucessores se enxergam responsáveis nesse mesmo sentido. Com o cenário vivido no mundo nos últimos anos, com guerras e crises sanitárias e econômicas, ficou evidente que as empresas precisam estar prontas para se ajustar rapidamente.
A veras de incertezas mostra que devemos estar preparados para movimentos abruptos. Dessa forma, o Planejamento Sucessório é primordial para a manutenção do sucesso empresarial e crédito dos seus stakeholders.
Nesse paisagem, a dimensão demográfica da família se torna um repto regular aos empresários, tanto perante o seu desenvolvimento sucessivo, quanto ao de uma redução de membros da família, o que pode gerar a quebra do legado familiar.
Olhando para as características inerentes a cada núcleo familiar, o Planejamento da Sucessão é moldado para cada um, levando em consideração as experiências de vida e as peculiaridades de cada família e do núcleo empresarial.
A elaboração da família moderna é plural e apresenta diversos tipos de arranjos familiares. Por isso, o instrumento de planejar torna-se imprescindível e deve seguir as mudanças da sociedade e envolver todos os produtos, tangíveis ou intangíveis,
em seu escopo.
Portanto, o Planejamento da Sucessão, que envolve diversas áreas, em uma atuação multidisciplinar, interligada e interdependente, deve ser encarado uma vez que um antecipador dos fatos, para que, no pós-morte, seja perpetuado e mantido o patrimônio hígido.
Luciana Júdice é Mestra em Concentração na dimensão de Direitos Difusos e Coletivos pela PUC; Profissional em Recta Processual Social pelo Instituto de Ensino Superior Prof. Nelson Abel de Almeida e graduada em Recta, Universidade Federalista do Espírito Santo. Hoje é advogada e sócia patrimonial do escritório da Abreu Júdice Advogados.