Profissionais querem semana de quatro dias

Trabalhadores de pé olhando para papéis na mesa

Getty Images/Hinterhaus Productions

Mais de 70% das empresas já voltaram totalmente ao trabalho no regime presencial

Trabalhar quatro dias por semana é o que querem 81% dos profissionais brasileiros, apontou uma pesquisa realizada pelo portal de recrutamento Empregos.com.br. O estudo ouviu 2.552 pessoas no Brasil com mais de 18 anos. Dos entrevistados, 13% ainda têm dúvidas em relação ao padrão de trabalho que preferem e 6% acreditam que o regime atual não funciona.

As universidades norte-americanas Oxford, Cambridge e Boston College realizam o mesmo estudo com 3 milénio profissionais até dezembro de 2022. Já existe, inclusive, o movimento 4 Day Week Global, que defende que a semana mais curta melhora a qualidade de vida e desempenho do trabalhador, uma vez que ele está mais descansado e consegue focar melhor nas suas atividades. Ao mesmo tempo, essa redução não prevê a subtracção dos salários dos trabalhadores.

Mesmo que o ponto seja novidade no mercado brasiliano, a modalidade já foi testada por gigantes uma vez que Microsoft e Unilever em outros países. Entre 2015 e 2019, a Islândia reduziu a jornada semanal para 35 horas em quatro dias úteis para 2,5 milénio funcionários. O resultado mostrou colaboradores mais produtivos, engajados e motivados.

Empresas são contra trabalhar quatro dias por semana

No Brasil as empresas parecem resistir à novidade tendência. Somente 4,9% das empresas são em prol da jornada reduzida, enquanto 25% se posicionam contra e 71,1% ainda não têm um posicionamento definido sobre o tema. Foram ouvidas 251 empresas cadastradas na base do Empregos.com.br.

Dessas, 76% trabalham atualmente de forma presencial, 5,3% no formato híbrido e 4,6% em home office. 82,5% exercem a jornada de trabalho de 40 horas semanais previstas na CLT, 15,6% possuem políticas de horários flexíveis e 1,9% realizam o short-friday – mercê que consiste em oferecer aos funcionários a possibilidade de transpor mais cedo às sextas-feiras.

Retraimento por questões mentais

O adoecimento mental dos colaboradores também foi um dos temas pesquisados. Aproximadamente 20% das companhias afirmam não ter interesse em ações voltadas à saúde mental de seus trabalhadores. Das entrevistadas, 22,1% das empresas afirmaram que tiveram funcionários afastados por doenças mentais.

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